Por alto mar

Na quarta-feira passada postei no blog sobre uma praia de difícil acesso que conhecí, Cala Pregonda. Hoje estive novamente lá, mas desta vez não fiz o caminho a pé, fui no estilo high society, pelo mar. =]

Eu e alguns amigos saímos de Ses Salines (ao lado de Fornells) de barco até Cala Pregonda. Quem tiver curiosidade e quiser ver o mapa de Menorca no Google, o caminho é curto, basta contornar um bico na costa norte da ilha onde fica Cap de Cavalleria (escreví sobre este lugar no dia 3 de julho).

Na minha opinião, Cala Pregonda é uma das melhores praias da ilha. O legal é a variedade de enseadas que se formam por causa das pequenas ilhas que tem ao redor da extensão principal de areia.

O passeio foi maravilhoso e ainda pude registrar a tal vista de cima das pedras aonde cheguei a mergulho da primeira vez. Pra quem sentiu falta das fotos, aí vão algumas pra matar a saudade.

Com a casa nas costas

Salve Salve Grêmio!!! Liderança no campeonato brasileiro. Meu time me orgulha...

Depois da pausa para o líder, vamos ao que interessa. Vim hoje contar como estou me virando em terra desconhecida, com o que trouxe e o que não trouxe comigo. Depois de um mês longe de casa, já sei dizer o que foi útil, inútil e o que faltou na mochila.

Minhas poucas trocas de roupa, que confirmem as amigas Deize e Kaile (que disseram ser para um fim de semana) estão quase andando sozinhas. Meu guarda-roupa por meio ano vai se resumir em um par de calças, umas blusinhas, dois shorts, um casaco e as outras partes que só a mim me interessam. De calçados trouxe a minha boot (vai chegar sem sola no Brasil de tanto que vai andar), chinelão havaiana (claro), duas rasteirinhas e uma sandália de salto alto (esta ganha o troféu de ouro de inutilidade). O que poderia ter sido feito de diferente era substituir uma calça jeans por uns dois shorts a mais, já que só vou pegar verão durante o semestre inteiro, e largar mão da sandália e das rasteirinhas. Boot e havaianas fariam muito bem o serviço sozinhas. Mochileiro de primeira viagem é assim mesmo... toma e aprende.

Bom, na casa onde moro tem a melhor amiga das donas de casa: a máquina de lavar roupa. Melhor invenção não tem. Aqui até tem ferro de passar também, mas nem precisei usar. Descobrí que o segredo está na hora de dobrar a roupa depois de seca. É só fazer da mão um ferro e dobrar bem certinho. Fica jóia!

Carregar a casa nas costas não é facil. Por isso, tudo o que pude trazer dobrável e em miniatura veio comigo. Isso valeu pro shampoo, condicionador, pente, escova e pasta de dente. Resumindo, os meus higiênicos. Além do milagroso, o super útil desodorante, isto é tudo na minha necessaire. Nada mais meninas, sem creme pro cabelo, pro rosto, secador então, só em 2009.

Dois outros pares que não pude deixar de trazer foram uma lixa e um esmalte incolor, pra tapear as unhas, e um rímel e um blush, é claro, pros momentos que só estar limpinha não dá conta do recado.

Que ríam os amantes da moda, mas eu estou sim usando uma pochete por onde ando. Brega ou não, ela carrega tudo de importante pertinho dos meus olhos. Super prático e seguro!

Outros apetrechos que ainda não tiveram muita utilidade por aqui, mas que sei que vão ser úteis quando eu seguir viagem são meu canivete e minha lanterna. Pode rir Dani Kbça, mas quando eles me salvarem de apuros você vai ter orgulho de mim.

Por fim, meus queridos equipamentos eletrônicos, sem os quais não poderia mostrar tanto dos meus dias pra vocês. Eles vieram em uma mochila separada, como se fosse bagagem de mão, e assim vão continuar viagem afora. Só esta mochila pesa 7 kilos e, quando também estou com o mochilão nas costas (que são mais 17 kilos), ela vai na frente, no estilo "canguru". A situação não é das mais confortáveis.

Por enquanto foram estas as minhas descobertas. Veremos as que virão nos próximos 5 meses... Fui!

Últimas de Menorca

Fiquei um par de dia sem postar no blog, mas hoje conto por onde andei.

Na noite de sábado, ontem, aconteceu em Fornells a festa mais esperada do ano por estas bandas de Menorca. Era a Fiesta de Sant Antoní, no mesmo estilo da Fiesta de Sant Martí (a do fim de semana passado em Es Mercadal). Carnavalzão de rua, como a anterior, mas em escala bem maior comparado ao público e à expectativa.

Também é tradição em Fornells ir à boate Sa Barca no dia que antecede a grande festa. O lugar é pequeno, mas sempre frequentado pelos jovens que trabalham por perto da vila. Durante a madrugada, o pessoal pula e canta ao som de músicas tipicamente espanholas (daquelas que lembram touradas). O grande barato é a "guerra de pomada" que rola solta dentro da boate. O chão e todos saem ensopados. E eu, é claro, caí na brincadeira. Divertidíssimo!

Não posso deixar de comentar da padaria em Fornells que matou a minha fome quando amanheceu o sábado, a Macxipa. Croissants quentinhos recheados e cheirosos, que atiçam qualquer lumbriguento. Pra variar, escolhí o de chocolate.

Falando em comida, passei muito bem nos meus dois últimos almoços. Ontem fui com quatro amigos ao Binisues, um restaurante fino, afastado da cidade, em meio à montanhas. Comida maravilhosa, mas que tem o seu preço. Comemos arroz negro, a típica paella espanhola mas "tingida" pela tinta preta da lula. Bem interessante, principalmente pela boca preta depois da refeição...

Hoje fui à Mahon com minha amiga Holly almoçar nachos e tacos em um restaurante mexicano. Olé! O restaurante fica no porto da cidade junto com inúmeros outros que atendem aos paladares espanhóis, italianos, chineses, alemães... Dá pra ficar admirando as embarcações chegarem e saírem do porto de Mahon se escolher uma mesa no lado de fora do restaurante. O local é bem descontraído, cheio de lojinhas prontas pra atacar os turistas de carteira cheia.

Aniversariando

Hoje a minha viagem faz aniversário! Há exatamente um mês atrás, eu embarcava no aeroporto de Campo Grande chorando de saudade antecipada e de emoção. Não está sendo fácil ficar distante dos queridos, da comidinha da mãe e da roupa lavada, mas está sendo incrível poder experimentar tudo novo e sozinha. E dalhe Ju!

Remando por Fornells

Olá família, olá amigos! Saudações menorquinas.

Estão lembrados de Fornells? A vila de pescadores que comentei faz poucos dias? Hoje a ví por outro ângulo. Junto com três amigos, atravessei a baía de caiaque entre os barcos e veleiros que ficam ancorados no porto. Passamos cerca de 2 horas remando entre pequenas enseadas próximas da baía. Na primeira foto, enxerga-se a vila de Fornells ao fundo. Na segunda, estamos os 4 posando de alegres ainda na primeira parada, antes que os braços pedissem arrego...


De olho em setembro

Depois da temporada em Menorca, que acaba no fim de Agosto, vou seguir viagem pela Europa por um mês. Comecei a fazer o meu roteiro com ajuda dos Guias da Folha de São Paulo, certeiramente sugeridos pelo meu querido tio colorado, Kike Cabral. Os guias são excelentes, bem ilustrados e resumem o que há de melhor em cada lugar que se quer conhecer.

Já planejei os três primeiros dias, que serão em Barcelona. No itinenário, a famosa catedral da cidade, o museu de Picasso, o estádio de futebol do Barça, uma apresentação de dança famenca entre várias outras delícias da alegre e colorida Barcelona.

Cala Pregonda

Fui hoje à Cala Pregonda, uma praia de difícil acesso, mas que vale a pena todo o esforço. Pregonda fica no norte da ilha, próximo à Cavalleria. Pra chegar lá, é preciso deixar o possante na estrada que leva até a praia anterior, chamada Binimel-la, e camelar 20 minutos entre dunas, rochas e arbustos espinhentos, num cenário que só de olhar dá sede.

Mas como eu disse, vale muito. Chegar na praia e ver aquele marzão não tem caminhada que não compense.

Pena eu não poder ter registrado tudo o que ví, porque hoje minha gente eu fui por debaixo d´água. Atravessei essas águas de snorkel e pé-de-pato de uma rocha pra outra em quase 2 horas de mergulho. Ví até polvo e escapei de algumas águas-vivas pelo caminho. A vista de cima destas pedras é de cair o queixo. Foi energizante!

Sem dúvida, o passeio de hoje ganhou a taça de passeio mais gostoso da temporada. Que venham mais pra competir!

O que é moda por aqui

Conheçam a menorquina, típica sandália de Menorca. Tão tradicional aqui que chega a ser um dos símbolos da ilha. Em qualquer loja (qualquer mesmo), sempre vai ter ao menos uma prateleira cheia delas, nas cores que a mente do cliente mais exigente imaginar. Particularmente, não gostei dela desde o primeiro dia que a ví. Pra ser mais sincera, acho horrorosa! Meus amigos do bar dizem que ainda vou me render ao conforto da sandália e comprar uma pra mim. Vão esperando...

Bom, se você também não simpatizou com a menorquina, estiver aqui e ter apenas um par de chinelos havaianas, vai estar bem calçado. A "moda praia" é a moda pro dia todo, inclusive pra sair a noite. Se você for pra balada em Menorca de dedão de fora não vão te discriminar, acredite. Além do estilão "moro no litoral", a moda hippie também é forte por aqui.

Outros comentários, ou melhor, julgamentos meus (confesso) em relação a algumas manias que notei:

Primeiro... As mulheres espanholas (há exceções) parecem não se importar muito com o penteado. Elas fazem um coque no topo da cabeça e enchem de grampos. Fica um ninho de pombo!

Segundo... A homarada metida a playboy usa camisa pólo no estilo Elvis Presley de ser. Acham que é "legalzão".

Desculpem o veneno que escorreu hoje. É melhor pensar "ainda bem que existem gostos diferentes, senão o mundo não teria graça". Ou em palavras de humor quase negro, "... senão não teria de quem tirar sarro..." Rss

La tramontana

Hoje sentí um pouco na pele o que é a temida tramontana. Tramontana é o nome de um vento que sopra do norte e atinge determinada região no mediterrâneo, onde se encontram as ilhas baleares. O que presenciei hoje foi uma leve ventania de verão, nada parecido com o que este tipo de vento é capaz de fazer no inverno por aqui, quando telhados de casas são levantados, vidros quebrados e quando pode ser até perigoso sair na rua.

Apesar do vento fresco, a tramontana de hoje não me impediu de dar uns mergulhos nas águas cristalinas da praia de Sant Tomás, a primeira que conhecí quando cheguei à ilha. Que vidão!

Conhecendo a bicharada

Até parece que de onde eu venho não existe vaca, mas é que as mimosas de Menorca parecem muito terem sido tiradas de desenho animado. São malhadas de preto e branco igual como se aprende quando é criança. No interior de Menorca existem muitas fazendas de produção de queijo e leite, então não é preciso rodar muito pra encontrá-las estampando os campos da ilha.

Além das mimosas, por aqui também se vê muita cabra, gato e lagarto. Este último é o principal símbolo da ilha e, que se preparem os meus mais íntimos, o lagartinho estará em quase todas as lembrancinhas.

Fiesta de Sant Martí

Quem acompanha os relatórios da viagem deve ter lido sobre a festa em Es Mercadal que aconteceria neste fim de semana. Ontem a noite, depois de trabalhar, fui à festa com os amigos do bar. Não vimos a famosa cavalgada que foi durante o dia, mas a rua principal estava mesmo cheia de areia pra não deixar dúvidas de que a passeata aconteceu.

Àquela hora da madrugada a festa não tinha nada de bonito, digamos assim. Era como um carnaval de rua, com direito à banda de música, gente com chapéu de palha e litros e litros de pomada, a bebida local. Não tenho fotos da festa, quem quiser que use a imaginação.

Vila de pescador de primeiro mundo

Depois de um dia fora do ar, estou de volta com mais um lugar charmosíssimo de Menorca. Esta é Fornells, uma vila de pescadores movimentada por turistas no verão. As palmeiras, o calçadão e o mar azul seriam cenário perfeito para um feliz último capítulo de novela das oito.

Fornells é ponto de partida para praticantes de esportes aquáticos, como o windsurf e o mergulho, e é super famosa pelos restaurantes que servem frutos do mar. A especialidade é a caldereta de langosta (lagosta ensopada) e dizem as más línguas que a iguaria é cara.

A baía de Fornells tem 5km de comprimento e 2km de largura e é porto tanto para barcos de pesca que abastecem o comércio local quanto para iates luxuosos que fazem invejinha em quem passa pela vila. Ainda segundo as mesmas más línguas, Fornells é frequentada por celebridades. Pelas notícias, percebí que o maior orgulho é dizer que o Rei da Espanha, Juan Carlos, veleja pela baía. Vila chique é outro nível...

Nesta última foto, estou com a Holly (inglesa, colega de casa e trabalho) de frente pros iates sentindo a tal invejinha. Até a próxima!

Canelando por Es Mercadal

Hoje fui dar um rolé pelo segundo maior município de Menorca, Es Mercadal. A cidade fica bem no centro da ilha e por ela passam as rodovias que interligam os quatro cantos do país. Passeando pelas ruelas sozinha, cheguei a pensar que eu era a única criatura circulando por alí, de tanto silêncio que fazia. As casas, brancas e coladas umas nas outras, seguem o caminho em curva das ruazinhas da cidade. É tranquilo demais!

Canelando um pouco mais, cheguei ao centro do município. Comércio, praças, cafés e uma rua toda enfeitada. Es Mercadal está se preparando para uma grande festa que vai acontecer neste fim de semana. É a fiesta de Sant Martí, pelo o que parece o padroeiro da cidade. Todos os anos no mês de julho a cidade promove este evento. As casas penduram bandeiras e imagens do santo pela janela pra entrar no clima. Uma das atrações da festa que fiquei sabendo e que achei bem interessante é que a rua principal da cidade é coberta de areia, onde acontece uma passeata de cavalos e dos visitantes.

Estive na porta da igreja de Sant Martí, mas estava fechada. Já me planejei pra assistir uma missa em menorquino, um outro dialeto falado em Menorca. Vai ser uma missa divertida!

Dirigindo em Menorca

Pro passeio de hoje peguei o carro emprestado e partí pra estrada. Dirigir em Menorca é facil, as rodovias são muito bem sinalizadas e só sendo muito distraído pra se perder. No Brasil, eu tirei a permissão internacional para dirigir, que nada mais é que a tradução da carteira de habilitação nacional para outros idiomas. Custou cerca de R$ 140,00 e é uma boa pra quem pretende viajar por lugares onde o acesso a pontos distantes é mais complicado. Olha a cabeleira voando!

Igrejas de Mahón

De volta às ruas da capital Mahón, estive em igrejas da cidade que contam muita história. Este simpático mercado de frutas e verduras (e outras cositas mais) era uma antiga igreja carmelita do século 18. O ambiente é colorido e bastante ventilado, devido ao claustro* do convento. A igreja levava o nome de Església del Carme e, pelo pouco que ví da arquitetura, devia ser bem bonita.

A Església de Santa Maria, ainda em funcionamento, é de 1287 e nela se encontra um órgão gigante construído em 1810. Esta construção conta bastante da ocupação das diferentes nacionalidades na ilha, quando a igreja foi desmoronada e novamente erguida. Não sei muito ainda sobre essa parte, então prefiro parar por aqui pra não falar besteira. Nas fotos, a torre da igreja vista de longe e o órgão ocupando todo o fundo da construção.

Outra antiga igreja de Mahón é a Església de Sant Francesc, que hoje aloja o Museu de Menorca. Esta ainda está na minha listinha de "não deixar de conhecer".

* Claustro é uma parte da arquitectura de catedrais ou abadias. Consiste tipicamente em quatro corredores a formar um quadrilátero, com um espaço no meio.

Blog da Ju - O Retorno

Opa! Estou de volta e com a boa notícia que poderei voltar a postar diariamente no blog. Confesso que fiquei com saudades disso aqui... Pra retomar as postagens de leve, apresento duas curiosidades da ilha que, pelo menos pra mim, foram novidades.

A primeira é esta "criação de rolhas gigantes" que se vê em muitos dos campos abertos espalhados pela ilha. São rolos de capim feitos por máquina que, depois de secos, são guardados em sacos para servirem de pasto para as vacas no inverno. Achei divertido!

A outra é uma atitude ambientalista muito legal por parte do governo. Por toda a ilha existem sacos plásticos como este pendurados em galhos de árvore. São "armadilhas" pra capturar insetos e estudá-los.

E pra deixar o dia um pouco mais doce, fotos de uma feira de guloseimas em Fornells! Eu mal acreditei quando ví! Me acabei. Meu estômago envia saudações.

Carta ao leitor

Queridos acompanhantes da minha viagem... O sinal da rede de internet alheia que "pego emprestado" para conectar-me à vocês não passa bem. Enquanto os donos da rede não o consertarem, não conseguirei postar diariamente no blog. Agora estou escrevendo de um café que oferece zona wi-fi a um preço levemente salgado. Até que tudo se estabilize, vou tirando fotos e fazendo história pra contar na volta. Até breve!

Um pouco de terra firme

Sem fotos de praia hoje. Desta vez, vou mostrar um pouquinho do que conhecí da capital de Menorca. Maó (em catalão) ou Mahón (em espanhol) é uma cidade histórica charmosíssima, com construções antigas porém conservadas. Pelo o que eu pesquisei, a arquitetura é característica das colônias britânicas e é herança das ocupações inglesas que aconteceram na cidade no século 18.

O clima da cidade é muito gostoso! Turistas lotam cafés e lojinhas espalhadas pelas ruas estreitas e floridas. Nem preciso dizer que adorei tomar um cafe con letche e "canelar" atrás de bugigangas.

Maó é também o porto mais importante da ilha, aliás, é um dos maiores portos naturais que existem no mundo. Nele, chegam desde barquinhos particulares até luxuosos cruzeiros.

Pra fechar hoje com o título de "postagem mais cult da viagem", uma curiosidade: Mahón é a origem da palavra e do molho maionese. Dizem que foi inventado em 1756 para cantar a vitória dos ingleses sobre os franceses, antes da ilha se tornar definitivamente espanhola, em 1802.

Meu blog também é cultura! =]

Papo de bar

Nesta época do ano, ingleses, italianos e alemães enchem Menorca para passar o verão. É uma mistura de gringos nas ruas que só vendo. É italiano falando alto, alemão vestido esquisito, inglês com as suas manias... Isso quando não aparece um perdido de outro canto do mundo pra aumentar ainda mais a diversidade de povos na ilha nesta temporada.

Trabalhar em bar tem me dado a oportunidade de ter contato com cada uma dessas culturas, além de me forçar a treinar o meu inglês e o meu italiano de botequim. Esta do meio da foto, por exemplo, é a Dawn, uma inglesa chegando aos 40 (e que diz estar entrando em crise). Contei a ela sobre minha viagem e ela me disse palavras bonitas que me fizeram sentir orgulho da minha determinação e coragem em realizar esta aventura. Até chorei! Rss...


A moça da esquerda é a Kassandra, espanhola de Madrid e colega de trabalho.

Bom, eu confesso que hoje estou sem muito assunto. Pra encher mais linguiça ainda deixo uma foto de uma outra bebida bastante servida no bar... o mojito!

Para os meus leitores diários, que apesar da relevância das informações de hoje ainda gostaram de ter passado por aqui, o meu grande abraço!

Cova d´en Xoroi

A costa sul de Menorca guarda uma parada obrigatória para qualquer visitante da ilha: a Cova d´en Xoroi. A Cova é uma gruta que foi transformada em ponto turístico bem conhecido e movimentado. De dia é um lugar tranquilo com paisagens que fascinam, de noite, uma boate à beira mar.

Do lado de fora ficam as mesinhas de bar e o marzão fazendo cenário. O ambiente ao ar livre é muito gostoso e calmo, dá pra ficar de bobeira em altíssimo estilo. Mas lá dentro da gruta é que é o bicho! Bares, pista de dança e várias outras mesas preenchem os caminhos irregulares do interior do penhasco. O visual é fantástico! Muito diferente...

Desta vez a minha visita foi à luz do dia, mas vou ver se ainda consigo cair na noite em Menorca num lugar louco como este. O que a Cova d´en Xoroi ainda tem de interessante é o seu passado que, segundo a lenda, esconde uma grande história de amor...

"Um homem chamado Xoroi, possivelmente o único sobrevivente de um naufrágio, encontrou refúgio na gruta. As casas de campo ao redor sofriam frequentes roubos. De uma desta casas, desapareceu uma moça prestes a casar. Passaram-se anos e nada mais se soube da jovem. Em um dia de inverno, uma nevasca caiu sobre a ilha e na neve apareceram pegadas que levavam à Cova. Homens armados as-seguiram e encontraram na gruta um homem, uma mulher e três filhos, frutos de seu amor. Xoroi, sem saída, se lançou ao mar seguido se seu filho mais velho. O mar que o havia trazido se fechou sobre eles guardando o mistério da sua vida. Desconsolados, a mulher e os outros três filhos foram enviados para Alaior, onde viveram o resto de suas vidas, deixando descendentes".

¿Hola, que tal?

Hoje completa dez dias que saí da minha terrinha. Na bagagem, umas bugigangas, lugares lindos, pessoas novas e algumas histórias pra contar pro neto. A saudade já aperta, mas sei que logo vou estar no meio dos meus queridos de novo.

O meu "portunhol" vai mal, obrigada. Entendo quase tudo, mas não falo quase nada. Nos primeiros dias, só conseguia dizer "vale, vale" (lê-se bale, bale), uma espécie de "tá" do castelhano. Hoje já estou ensaiando começar uma comunicação pouco mais longa. Isso vai longe...

Também ainda não comentei de um companheiro inseparável de quem está na ilha nesta época do ano: o calor. Menorca é muito quente e úmida no verão, dá pra suar feito tampa de marmitex.

Pra não perder o costume, seguem algumas fotos da playa de Fornells. Hasta Mañana!

Mararella e Macarelleta

Hoje nem preciso escrever muito, as fotos vão falar por mim. Estas são as praias de Macarella e Macarelleta, no sul da ilha. Chegam a calar a boca de tão lindas! Apesar de serem de difícil acesso ("camela-se" pelo menos uma meia hora por trilhas abertas para chegar), as praias são bem movimentadas. A maior tem bar, restaurante, gente em barraca, vó, criança, papagaio. A menor, pra variar, tem gente pelada. Para os céticos, na foto em que apareço de lado, enxerga-se um peladão bem à vontade no canto direito.

Macarella

Macarelleta