sábado, 31 de janeiro de 2009

Sentosa Island

*OBS: Hoje é dia 22 de setembro de 2010 e, assim como a postagem do dia 26 de janeiro de 2009 - Tongariro Crossing, o registro deste passeio está sendo feito mais de um ano e meio após ter acontecido, por falta de tempo de inserí-lo no blog durante a viagem. Então, ainda que atrasado, está aí minha passagem por Sentosa.

Sentosa é uma ilha que faz parte de Cingapura, fica a alguns minutinhos de barco, ônibus ou bondinho do país. É uma ilha de entretenimento, com praia, parque aquático, atrações culturais, zoológico etc. Um lugar perfeito para passar o domingo com a família.


Não sei se foi porque não estava com minha família, mas infelizmente fiquei frustrada com a minha visita à Sentosa. Como já conhecia a ilha e as experiências que lá tive há dez anos tinham sido maravilhosas, fui com muita expectativa e acabei encontrando uma Sentosa diferente.
Também pudera, se as pessoas mudam em uma década, uma ilha pertencente à um país tigre asiático em pleno crescimento certamente também iria mudar.

As mudanças em Sentosa não foram para pior, ela não se tornou menos cuidada ou perdeu atrações, mas cresceu em estrutura, ou melhor, cresceu demais em estrutura, o que fez com que perdesse o seu charme de "lugar perfeito para um domingo". A ilha estava em construção de ponta a ponta. Hotéis, cassinos e mais hotéis sendo erguidos por todo lugar. Os cabos de aço, guindastes e sirenes de obra tiraram minha alegria, em outras palavras me brocharam total. E o pior é que ainda fiz uma super propaganda do lugar para uma amiga alemã que fiz na Nova Zelândia e que acabei reencontrando em Cingapura e que acabou sendo carregada por mim para conhecer a tal "ilha maravilhosa".

Enfim, fomos de tradicional bondinho para Sentosa, visitamos algumas atrações e acabamos o dia afogando as mágoas... tomando um chopp na beira da praia. Não foi de todo ruím, mas não foi o que eu esperava.




Uma informação interessante sobre Sentosa é que na ilha fica um monumento que é símbolo de Cingapura: o Merlion, um ser metade peixe e metade leão que, diz a lenda, certa vez salvou Cingapura da violência do mar.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ah, Cingapura!

Cheguei no meu último destino antes de voltar para o Brasil (minha mãe, meus joelhos e meu cartão de crédito dão graças). Foram quase sete horas de vôo partindo de Sidney sentada ao lado de um passageiro com desodorante vencido, mas nada que a super janta do avião não me fizesse esquecer. Estou em Cingapura, um país que fica entre a Malásia e a Indonésia. Fico aqui até o dia 16 de fevereiro, quando faço as trouxas para ir embora de vez.

Quem me conhece sem dúvida alguma já cansou de me ouvir suspirar falando de Cingapura. Há dez anos atrás eu tive a oportunidade de morar aqui por dois anos com minha família. Eu tinha 13 aninhos, espinha na cara e perna fina quando estive no país pela primeira vez. A experiência que eu, meus irmãos e meus pais tivemos foi incrível e muito marcante nas nossas vidas, portanto poder estar aqui de volta é para mim mais do que especial.

A vinda para Cingapura não estava nos planos até o fim do ano passado, quando descobrí que o vôo da Austrália para casa faria parada obrigatória no país. Então porque não relembrar uma fase tão boa e aproveitar para encrementar o fim da viagem com um temperinho asiático?! É isso que irei fazer nas próximas semanas. Podem esperar fotos de uma cidade limpa, organizada e moderna, de templos budistas, hindus e mesquitas, de rostos chineses, roupas indianas, pratos exóticos e lojas e mais lojas. Qualquer puxa-saquismo exagerado nas próximas postagens não será improvável.

Durante os dias aqui ficarei hospedada na casa de amigos da família. Sem mais albergues ou almoços de supermercado. Tenho um quarto, uma cama e um banheiro, além de boa companhia. Como é bom tudo isso! Sinto que esta vai ser a parte "férias" da viagem.
Love is in the air
Um big parabéns ao meu irmão Marcelo e minha cunhada Karol que há poucos dias ficaram noivos! Cecéu e Dalle, vocês são um casal abençoado! Beijos da madrinha que ama vocês!

Antes tarde do que nunca
Rodrigo Panazzolo! Grande abraço! Nossas conversas fissuradas da Austrália pré-viagem foram mais do que úteis. Hope you get back there someday mate!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Sidney > Cingapura

Acordei esta manhã em Sidney e como foi gostoso rever a cidade da janela! Por mais que estive aqui por somente dois meses, Sidney virou minha cidade do coração e meu sentimento é de estar de volta na minha segunda casa. Passei a manhã refazendo a bagagem (que não tem mais para onde crescer) e fui almoçar com um amigo em uma tentação de panquequeria. Comí o mesmo prato (doce, é claro) da minha primeira vez no restaurante: 'delícia do diabo'. Uma alegria para as lombrigas!

Escrevo agora do aeroporto, de onde pego vôo para a próxima e finalmente última parada da viagem: Cingapura. E lá vou eu para a Ásia!

Novidade
Adicionei o vídeo do meu salto de Bungy Jump na postagem do dia 19 de janeiro. Atenção para a cara de choro antes do salto.

Revista 'Falamos Português'
Conforme já havia comentado, estou escrevendo para a revista brasileira em Sidney 'Falamos Português'. Durante o ano irei enviar diferentes reportagens sobre a experiência da minha viagem e sobre os pontos turísticos da Austrália em que estive. A edição de janeiro já foi publicada e o assunto foi mochilada em geral. Quem quiser conferir a versão online, clique no link abaixo e me encontre nas páginas 18, 19 e 20 da revista.

http://www.falamosportugues.com/Magazine/ThisMonth/Default.html

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Chegada turbulenta na Austrália

Estou de volta à Australia. Saí de Auckland esta tarde e cheguei em Sidney às 10hs da noite depois de uma parada para conexão nada agradável em Brisbane. Vou explicar em detalhes:

Estava eu tranquila na fila da imigração quando fui chamada por um policial loiro, largo e bigodudo para checagem de passaporte. Apesar do mau humor do moço, tudo corria bem até que ele desmontou meu passaporte. Por conta de um visto dos Estados Unidos no meu passaporte antigo que ainda é valido, tenho que carregar o passaporte antigo e o novo juntos e grampeados. Ele simplesmente foi um bruto e arrebentou tudo. Eu falei que não podia e tentei puxar de volta da mão dele e então ele puxou com mais força e a gente ficou nessa, brigando pelo passaporte. Ele era mais forte e estourou tudo me olhando, estúpido. E foi aí que a brincadeira começou...

Ele não deve ter ido com a minha cara e chamou outra policial para me entrevistar. Eu declarei na ficha de imigração que iria ficar na Austrália por somente um dia e isso criou o maior problema. Ela não entendia o porquê de dormir uma noite em Sidney e pegar o avião para Cingapura no outro dia se existiam vôos no mesmo dia. Ela disse que era muito estranho e que eu poderia estar transportando drogas. Pode?! Enfim, depois de passar por essa minha bagagem foi para inspeção. Eu trouxe da Nova Zelândia um pacote de granola que sobrou dos meus comes e algumas barrinhas de cereal e isso também causou geral. Minha mochila foi revistada em todos os compartimentos, o policial de agora queria nomes de tudo o que apontava, e então lá fui eu dizendo: chinelo, shampoo, presente, calcinha.

Passado mais esta tive que fazer check-in de novo para Sidney, pegar metrô para o terminal doméstico e passar pelo controle de segurança (mais um). Para não contrariar o andamento da história, a máquina apitou quando passei e minha mochila de mão teve que ser revistada. Eu tinha esquecido meu kit de talheres na mochila que parece um canivete. Quando embarquei em Auckland o policial foi bonzinho e disse que podia passar, mas não tive a mesma sorte em Brisbane. Ou eu entregava para ele (como fiz com o meu canivete tramontina em Roma) ou fazia check-in novamente. Voltei para a mesa de check-in não sabendo se ria ou chorava e tentei enviar o kit malako sozinho. Não podia, somente dentro de alguma sacola. Eu não quis enviar a minha mochila de mão porque não largaria minha máquina fotográfica e o laptop para serem arremessados dentro do avião. A moça do balcão então achou uma solução e colocou meu canivete dentro de uma sacola de lona (daquelas de sacoleiro) enorme e colorida e mandou esteira abaixo.

Para encerrar o episódio tive que ficar na fila para passar pela segurança de novo. Adivinha? A máquina apitou comigo e checaram a minha mochila outra vez. Desta vez encontraram um isqueiro que carreguei a viagem inteira (todos estes meses!) no mesmo lugar, em caso de um dia eu me perder na floresta e precisar fazer fogo, sei lá. Nunca ninguém encrencou com meu inutilizado isqueiro, mas hoje tudo conspirou ao contrário. Deixei a m* do isqueiro e fui bufando para a área de embarque. Sentei, engoli todas as barrinhas de cereal que tinha e esperei meu avião para Sidney (que estava atrasado) chegar.

Refletindo sobre o acontecido durante o vôo comecei a acreditar que depois de ter passado por cinco policiais eu só podia ter mesmo cara de traficante. Desembarquei super desconfiada em Sidney pronta para atirar a bota em qualquer policial que me achasse suspeita. Felizmente ninguém se atreveu, peguei minha mochila e minha sacola de lona colorida e fui direto para a casa dos meus amigos dormir e dar um fim nessa novela.

Auckland > Sidney

Esta foi a minha última noite em um albergue. Dormitório para oito, quatro beliches que rangeram a noite inteira, porta do quarto que não abre e banheiro para todo o andar. Típico. É um alívio saber que por um bom tempo (até provavelmente a minha próxima viagem) não vou precisar dividir privacidade com estranhos, mas ao mesmo tempo sei que vou sentir saudades disso tudo.

Passei a manhã caminhando pelo centro de Auckland conhecendo pelo menos um pouquinho da cidade, já que hoje já vou sigo viagem e marco o fim da passagem pela Nova Zelândia. A cidade me lembrou muito o centro de Sidney pelos prédios modernos e lojas sem fim, mas não é nada parecido com a quantidade de gente que circula por lá.

Meu vôo para Sidney sai no fim desta tarde. Durmo lá somente por uma noite para no outro dia pegar avião para Cingapura. Nos falamos de Sidney!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Tongariro Crossing

*OBS: Hoje é dia 22 de setembro de 2010, já faz mais de um ano e meio que fiz este passeio. Durante a viagem, esta postagem ficou de fora do blog, pois não tive tempo de inserí-la. Apesar de passado tanto tempo, nunca me esqueci de que algum dia ainda teria que publicá-la aqui. Hoje, portanto, cumpro esta minha promessa e deixo registrado mais um dos espetaculares momentos da minha trip.


Tongariro Crossing, ou Travessia Tongariro para nós, é uma trilha básica de apenas 8 horas de caminhada, com 18,5 km de distância. Nas palavras do folder do próprio passeio, o grau de dificuldade é classificado "desafiador". A Travessia é considerada a melhor trilha de um dia da Nova Zelândia e é uma oportunidade de caminhar pelo cenário de vulcões mais ativos da região. Digamos que é uma experiência que não se vive todo dia.

A trilha começa em Mangatepopo, a base da montanha, e termina em Ketetahi, a outra base, mas do outro lado. Um ônibus pega os andarilhos em Taupo e os leva, dormindo (porque o ônibus sai às 6h), até o início da trilha e os leva embora, dormindo (porque estão mortos), de volta pra cidade. A Travessia pode ser acompanhada por um guia ou ser feita na fé, no estilo "segue a trilha". Mesmo quando não se está em um grupo, você não se sente o último ser vivo do planeta, porque sempre dá pra avistar um doido ou outro camelando ao longe. A paisagem das 8 horas de caminhada varia de arbustos baixos e riachinho passando ao lado, só pedra sem um verde, só vulcão, vulcão com neve no topo, terra batida (quase um deserto), lagos cor de esmeralda (chamados Lagos Esmeralda mesmo), um lago azul (chamado Lago Azul mesmo) e, por fim, floresta fechada. Dá uma canseira, mas cada passo naquele silêncio vale a pena.

Bom, o ônibus me pegou no albergue junto com outras meninas que estavam hospedadas lá e que eu já tinha conhecido. Fui dormindo até a base da trilha e quando chegamos lá dei uma de anti-social e saí sozinha pra fazer a Travessia. Não queria viver a experiência com um monte de mulher falando sem parar, então encarei o desafio comigo mesma. Eu, minha garrafona d´água, um sanduíche delícia que fiz no albergue e, claro, minha máquina fotográfica. Eu fiz o percurso em 6h20min, não fiz correndo, mas não fiquei parando muito. Depois de umas 3 horas, quando estava no topo da montanha, sentei numa pedra pra almoçar meu sanduba. Mais um pouco à frente, fiz um pit-stop no banheiro (única estrutura do lugar) e seguí andando até chegar no final do percurso, onde dezenas de pessoas já arejavam seus pés deitadas no chão curtindo a sensação de missão cumprida.

Este passeio foi muito diferente de todos os outros que fiz na viagem. Foi silencioso e solitário e, ao mesmo tempo, me preencheu de satisfação.









sábado, 24 de janeiro de 2009

Kaikoura > Wellington

Cheguei na ilha norte. Estou em Wellington, a capital da Nova Zelândia. Saí de Kaikoura no início da manhã e fui de ônibus até Picton, de onde peguei um barco para atravessar o mar entre as ilhas. Fico em Wellington somente esta noite e não terei tempo de conhecer a cidade. Segundo as más línguas não perderei muito, já que Wellington é “só uma cidade”, assim dizem.

Aproveito então a falta de conteúdo do dia para dar uma geral de como estou. Soa luxo dizer isto, mas estou cansada, não vejo a hora de não precisar mudar de casa todo o dia, carregar o guarda-roupa nas costas e tomar banho de chinelo. Aparentemente tenho mostrado sinais de “patricice” e tem gente falando por aí que isso é desejo reprimido de ir ao salão. Não faço as unhas, não corto o cabelo e não visto roupa passada há mais de meio ano. Não por falta de oportunidade, mas por opção mesmo de querer passar o dito perrengue como manda a experiência. Ainda tenho três semanas e meia para completar, portanto estou usando e abusando do que resta da minha energia para manter o mesmo pique do começo da viagem. Pega no tranco Ju e vamo que vamo!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Christchurch > Kaikoura

Quem lembra de uma foto minha preguiçosa na rede há uns dez dias atrás lembra de Kaikoura. Estou novamente na cidadezinha pacata dos golfinhos e baleias. Sorte de viajante de segunda viagem ou não consegui desta vez mergulhar com os golfinhos! Os lugares no barco eram super concorridos e até a empresa abrir exceção e decidir levar mais turistas pro mar no dia de hoje todos da lista de espera faziam beicinho na recepção. Inclusive eu.

Já com o sorriso no rosto, roupa e óculos de mergulho, snorkel, pé de pato, máquina fotográfica e lanchinho tabajara na mochila seguimos para alto mar.

Quando os golfinhos começaram a aparecer só se ouvia “ohh” de dentro do barco. Fora uma vez na Austrália quando notei a sombra de um passar feito foguete em Whitsunday Islands, esta foi a primeira vez que realmente vi um golfinho. Que bichinho bonito! E não foi só um, foram mais de 400 de uma só vez.

Eles são danados de rápidos e se acham os atletas dando mortais na água. O mais incrível é quando resolvem dançar duos e pulam igualzinho um ao outro. Exibidos!

Nadar no meio deles foi sentir a natureza pertinho. Eles nos rodeavam e às vezes assustavam aparecendo com o narigão do nosso lado. Uns fofos! A vontade era de levar um par para casa.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Queenstown > Christchurch

O roteiro pela ilha sul da Nova Zelândia terminou e durante os próximos dois dias faço meu caminho de volta para aonde comecei, para então no dia 24 pegar o ferry para a ilha norte. Durmo esta noite em Christchurch, a primeira cidade que conheci.

No caminho de Queenstown até aqui, passamos pelo lago azul turquesa Tekapo, o maior da região. A cor da água, das árvores e flores é um contraste só quando o sol aparece como foi hoje! Porque o tempo ontem também não foi assim?!

Qualquer semelhança com uma índia aqui é mera coincidência.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Queenstown – Doubtful Sound

São Pedro hoje levantou com o pé esquerdo, só pode. O céu nesta quarta-feira aqui não estava cinza, mas roxo. Não foi o melhor dia para um passeio de barco pelo maior fiorde da Nova Zelândia, digamos, mas como o passeio já estava comprado saí de Queenstown de baixo de chuva às 6h45 da manhã com dois amigos para conhecer o Doubtful Sound. Pensa na cara de banana da turma!

Apesar dos apesares termológicos, ainda deu para ver o poder da natureza na grandiosidade das montanhas e para sentir a paz que tem o silêncio do ambiente selvagem.

Que falta faz o sol...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Queenstown – Cidade e Povo Maori

Completo hoje dez dias na Nova Zelândia e mais da metade da minha viagem por aqui. Este dia tirei pra descansar as canelas, acordar tarde (8h30), lavar roupa e fofocar com a melhor amiga no MSN (Dalle, a gente precisa de uma semana sem pausas pra colocar tu-dz em dia quando eu voltar).

Mais tarde fui para um passeio preguiçoso na cidade. Queenstown é uma cidade turística, bem organizada, cheia de bares e restaurantes, tem vida noturna agitada e é rodeada por montanhas. É casa (casa de verão, casa de inverno) de ricos e famosos, como os antes casados e agora separados Tom Cruise e Nicole Kidman. Aqui também encontrei muito brazuca saracoteando, a trabalho ou a vidão, como eu.

O dia terminou num clima cult, assisti a uma apresentação do povo Maori, os primeiros habitantes da Nova Zelândia. Os Maori chegaram no país por volta de 1350, eles têm o rosto tatuado e sua principal dança é o Haka, a mesma que os jogadores de rugby da Nova Zelândia fazem antes de começar uma partida. A “coreografia” se baseia em tapas nos ombros e coxas, gritos fortes que mostram força e uma expressão nada simpática: olhos esbugalhados e o linguão todo pra fora. Blééé!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Queenstown – Salto de Bungy Jump

Desculpa mãe, vós e tio Kike, eu saltei de Bungy Jump! Quando era mais nova era louca para me jogar de uma ponte, não sei o que tinha (ou não tinha) na cabeça. Antes de chegar na Nova Zelândia estava em processo de reavaliação da idéia devido aos fatores cagões que também aparecem com a idade, mas quando falei com meu pai no telefone dias antes senti uma leve pressão na pergunta: “e aí filha, quando vai saltar de Bungy Jump?”, que tirou minhas chances de desistir.

Ainda bem que fui boa filha e fiz a loucura. Foi o momento de mais medo e mais adrenalina da minha vida! Foi dez vezes mais difícil que saltar de pára-quedas porque no Bungy ninguém te empurra, a atitude de pular é só sua.

Saltei de um teleférico de 134m de altura entre montanhas e sobre um riachinho e pedras que foram ficando graNDES enquanto eu caía. Comecei a suar dois dias antes, me deu um ataque de tremedeira antes do salto, quase que choro na ponta da plataforma, mas na hora não pensei muito e fui. Foram oito segundos de queda-livre e um grito compriiiiiiido! A pior parte foi lutar contra o corpo e a mente que diziam “não pula” e a melhor parte foi vencer o corpo e a mente e dizer “pula”. O sangue esquenta pra abrir os braços e borbulha pra se jogar. Pega o drama!

Sinal da porta do banheiro feminino

Vídeo do salto