domingo, 30 de novembro de 2008

Surfers Paradise

Cheguei no lugar que mais sonhei estar nos últimos anos, Surfers Paradise. O paraíso dos surfistas, porém não tem nada de tranquilo como sempre imaginei. Surfers é uma cidade grande, movimentada, cheia de arranha céus. Só pra dar um exemplo, aqui fica o Q1, o prédio residencial mais alto do mundo, com 78 andares.

Já era fim do dia quando o ônibus despachou uma turma de 40 viajantes e suas pesadas mochilas na estação. Apesar de quente, o tempo não era dos mais receptivos, nuvens cinzas cobriam o céu de Surfers. Eu fui a única a ficar no albergue Surf n Sun. Nota vermelha pra ele, longe, quarto pequeno e banheiro menor ainda, sem entrar nos detalhes de higiene. Tomei meu banho e saí pra rua atrás de uma boa comida e uma caminhada de reconhecimento do território. Tive um jantar de rainha no Hard Rock Café, com entrada, prato principal e sobremesa que levantou meu ânimo. Uma boa boquinha sempre faz bem! Voltei pro meu albergue-cocô e, cansada, fui pra cama antes que as galinhas.

Depois de dez horas de sono, acordei no nublado céu de sábado e programei minha atividade do dia. Com aquele tempo não quis me frustrar indo pra praia, então comprei meu passaporte da alegria: uma entrada pra um dos vários parques de diversão de Surfers Paradise. Escolhi o parque aquático Wet n Wild, onde fiz amizade com três guris da Arábia Saudita. Antes de encontrar meus futuros amigos árabes, tentei me divertir nos brinquedos na minha solitária companhia, mas vou contar que dessa vez foi meio difícil e ridículo estar sozinha. Além da amizade, que rendeu em uma saída na noite de Surfers, ganhei um apelido dos meninos: Alimama, a versão feminina de Alibaba, aquele que está sempre viajando...

Ainda no segundo dia me dei um segundo agrado: uma massagem nos pés numa clínica chinesa de reflexologia. Além de estarem a mais de cinco meses sem ver uma pedicure, ou seja, apresentarem similaridades com uma lixa de construção, meus pés meus queridos pés que me aguentam o dia inteiro têm dado sinais críticos de cansaço, as vezes sinto uns choquinhos nada familiares. Super estranho.

Felizmente meu 3° e último dia em Surfers foi de céu de brigadeiro. Fiz check-out do albergue às 10 horas da manhã pra nunca mais voltar. Cruzes. Fui correndo pra praia e foi aí que senti melhor a vibe de Surfers. Deu vontade de ficar bem mais... “Eu tava de chapéu de palha, na praia, tomando um sol...”.



Próxima parada, Brisbane.