quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Cinga MIX

Misture um pouco de cada peculiaridade de Cinga, bata tudo, ponha para assar que sai a minha história do dia. Como meus dias em Cingapura estão chegando ao fim, tirei hoje para garantir os top da lista 'não ir embora sem fazer'. Em doze horas de rua, peguei metrô, ônibus e até carona e ví de cremação à animais selvagens na floresta.

Primeira parada. Pesquisei cedo na internet o endereço de algum templo budista em Cingapura e com a colinha na mão peguei metrô e ônibus rumo ao Kong Meng San Phor Kark See Monastery, em mandarim 光明山普覺禪寺. Ah, assim fica mais fácil! Era o maior templo budista de Cingapura e um dos maiores do Sudeste Asiático. Quando cheguei lá descobrí que além de monastério também era crematório, então deixei a máquina fotográfica de lado e assistí um ritual de cremação ao vivo e a poucos metros. O templo é rodeado por jardins, limpo e parece ter a paz correndo pelos corredores.

*O Budismo é uma religião com mais de 2.500 anos que prega a sabedoria através do conhecimento e da inteligência. Nasceu na Índia e não na China como se pensa (pelo menos eu pensava), e tem o Buda não como seu deus, mas como um ser humano que alcançou a iluminação por meio de sua própria prática. É a religião predominante de Cingapura.

De Monge para Sultão. Seguindo o roteiro apressado, peguei carona com um chinês no templo até a Rua Árabe para fazer fotos do centro muçulmano de Cingapura, região de mais um povo que habita do país. A área virou um tradicional distrito têxtil onde se encontra os mais variados tecidos. Lá também fica a maior mesquita daqui, a Mesquita do Sultão. A foto de dentro da mesquita mostra o carpete onde os homens fazem suas orações (as mulheres só podem frequentar as áreas laterais) e uma luz em direção à Meca, a cidade sagrada do islamismo.

Minha igreja. A próxima parada (também religiosa) foi uma visita à Catedral de Cingapura, a Catedral de Santo André. Lá agradeci pela minha viagem que está chegando ao fim ao lado da minha imagem de Santo Expedito, santo também dos viajantes, que esteve comigo na pochete todos estes meses.

De oração para arte. Fui conhecer o Esplanade, uma casa de apresentações que não deixa nada a desejar. Só a estrutura pelo lado de fora já causa inveja em qualquer outro país. O formato das duas alas imita a casca da durian, a tal frutinha do inferno. Do terraço do teatro vê-se o conjunto de arranha-céus, um dos postais do país, e a maior roda gigante do mundo com 165 metros de altura (que bateu a de Londres em 30 metros quando foi inaugurada há um ano atrás, mas que causou vergonha dezembro passado quando deixou mais de 100 pessoas presas por seis horas após um curto circuito).

E para encerrar o dia, mais bicho, o último dos zoológicos em Cingapura. O Night Safari é o único zoológico noturno do mundo, leva os turistas a bordo de um trenzinho entre trilhas onde habitam animais selvagens da floresta. Dá para fazer o caminho a pé e ver de perto a bicharada na calada da noite. Uuuuhhh! O Night Safari tem uma produção diferenciada dos outros zoológicos, a entrada é iluminada com tochas e os restaurantes rústicos ajudam a criar o clima do passeio. Eu sou fã de grandes produções!