terça-feira, 30 de setembro de 2008
Good day Sydney!
Tenho boas notícias. Já estou na casa da querida brasileira que irá me hospedar por uns dias. Fui recebida com arroz, feijão e bife! Parecia que estava tendo uma visão. Uma delícia! Demos uma volta pela cidade e tomamos um café. Amanhã começo o meu roteiro de turista e logo trarei fotos da moderna e encantora Sydney. Já estou amando este lugar. Até breve!
*Na mitologia grega, o deus do sono.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
AUSTRÁLIA
As 19 horas pareceram 19 dias. Fora ficar de ponta cabeça, em todas as outras posições humanamente possíveis eu fiquei. Pousar em Cingapura e não poder ver a cidade além do vidro foi uma pena. Eu morei lá há mais ou menos dez anos atrás e rever minha segunda casa seria maravilhoso. Quem sabe um outro dia...
Quando o avião aterrizou em Sydney, chorei emoção. Foi difícil não ter ninguém pra dividir um abraço e um estérico "AAAAAHH!! NÃO ACREDIIITOOO!!!" e ter que engolir cada palavra, mas gritei por dentro.
Em Sydney vou ficar hospedada na casa de uma brasileira, mas como hoje nos desencontramos, vou passar a noite em um hotel. Vai ser bom dormir em uma cama outra vez. See ya later, mate!
domingo, 28 de setembro de 2008
Noite a frio e fome
Eram 9hs da noite de ontem quando, depois de fazer quilômetros pelo aeroporto enquanto esperava a tarde passar, sentei-me em um banco em meio à muvuca e liguei o computador. Postei no blog, respondí e-mails e fiquei de conversa no MSN até tarde da noite. Quando fechei o laptop já era meia-noite e eu era a única alma viva no aeroporto. Horas passaram e não percebí a movimentação ir acabando, só restou um guarda e a esteira rolante funcionando.
Como ainda tinha uma noite toda por alí fui sem pressa atrás de um lanche qualquer para matar a fome. Surpresa, todos os restaurantes estavam fechados. Com razão, pois o aeroporto fecha durante a madrugada, então ninguém 'deveria' estar por alí. Encontrei máquinas de café e chocolate pelo caminho, pensei 'beleza'. Contei minhas moedinhas e eu tinha €0,75 na mão, o que não era nem metade do que precisava para comprar o cafézinho mais barato. Não podia sacar dinheiro, pois as máquinas não aceitavam notas e, como tudo estava fechado, não teria aonde trocar dinheiro.
Andei mais um pouco já com cara de quem queria comer e não podia e avistei uma máquina de pirulitos. Cada custava €0,50! 'Achei minha janta', pensei. Minha alegria durou muito pouco, pois a máquina só aceitava moedas de €0,50 e como a Lei de Murphy existe minhas moedas eram todas de qualquer outro centavo, menos de cinquenta.
Enchí a barriga com água do bebedouro e procurei uma cama. Achei um cantinho atrás de uma fileira de bancos e dormí alí mesmo. O chão estava gelado e o travesseirinho de pescoço chegava a qualquer lugar, menos na cabeça. Foi uma noite do cão, mas passou rápido. Às 6hs da manhã eu já estava brincando de ir para lá e para cá na esteira esperando uma boa alma abrir um café. Mc Donald´s foi o primeiro e salvou a minha barriga. Foi a comida industrializada mais gostosa da minha vida!
sábado, 27 de setembro de 2008
Fim da segunda etapa

Já nestas primeiras horas de espera apareceu um passatempo pra eu me distrair: a minha passagem foi toda comprada com a companhia aérea British Airways, mas de balcão em balcão descobri que não é ela quem irá me leva até Londres e nem até Sydney, mas sim outras duas: Iberia e Qantas. Foi um rolo de duas horas, três atendentes e três vezes contando a mesma história, mas conseguí fazer check-in pra ambos os vôos. Suspirei de alívio e de dei uma olhada de mãe vendo o filho partir pra minha mochila indo esteira abaixo. Espero que ela chegue comigo desta vez.
Quem quiser acompanhar o round three dessa aventura, não se avexe e apareça por aqui de vez em quando. Um abraço a todos conhecidos ou não que me escreveram neste trimestre mesmo não recebendo resposta e também a todos os amigos que até hoje não mandaram sinal de vida. Orações e dedos cruzados são bem-vindos! Obrigada pela companhia e nos falamos de novo na terra dos cangurus!
Balanço dos dias pela Europa
Como mochileira de primeira viagem, gastei as vezes sem precisar e perdí de visitar belos lugares por falta de preparo. Mas, em geral, acho que o saldo foi positivo, fiz meu papel de buscadora de informação. E quanta informação! Acho que se eu pensasse em ir a mais um museu, meu cérebro se fingiria de bobo.
Agora, de todas as paisagens lindas que estive, todos os lugares históricos que conhecí, todas as emoções e delícias gastronômicas que experimentei, sabe o que foi o melhor? As pessoas com quem conversei. Não adianta querer conhecer o mundo só com os olhos, é gentil e inteligente dar ouvido a quem tem algo pra contar. É nas pessoas que estão as boas histórias...
Abaixo algumas opiniões pessoais sobre onde passei:
Os Mais e os Menos da Europa
Cidade que mais gostei - Amsterdã/HOL
Cidade que menos gostei - Berlim/ALE
Cidade mais cara - Paris/PAR
Melhor albergue - Amsterdã/PAR
Pior albergue - Roma/ITA
Cidade mais limpa - Berlim/ALE
Pessoas mais agradáveis - Holandeses
Pessoas mais desagradáveis - Alemães
Melhor transporte público - Barcelona/ESP e Berlim/ALE
Muitos falam inglês - Holanda
Poucos falam inglês - França
Mulheres mais bonitas - Holandesas
Homens mais bonitos - Italianos
Os mais bem vestidos - Italianos
Os mais mal vestidos - Alemães
Pontos Altos
Palau de la Musica Catalana (Barcelona/ESP)
Tourada (Madri/ESP)
Show de Flamenco (Madri/ESP)
Museu do Louvre (Paris/FRA)
Moulin Rouge (Paris/FRA)
Casa de Anne Frank (Amsterdã/HOL)
Berliner Oktoberfest (Berlim/ALE)
Campo de Concentração (Berlim/ALE)
Vaticano (Roma/ITA)
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Arte e história em Florença

Bom, em Florença conhecí muito pouco de tudo o que a cidade tem pra oferecer. Estive no Palazzo Vecchio, um edifício civil muito decorado (do piso ao teto, inclusive) construído em 1299 e que já foi sede de figuras importantes de lá; a Piazza della Signoria, com obras de arte expostas à ceu aberto, uma loucura; na Igreja de Santo Spirito de 1444; e na principal atração de Florença e que a faz levar o título de berço mundial do Renascimento: a Galeria dos Uffizi (1h30 de fila), um museu que abriga hoje obras de importantes nomes como Leonardo Da Vinci, Botticelli e Michelangelo. É uma honra ver de perto tanta história.



*Acho que fiquei devendo boas fotos hoje, mas acreditem: Florença é sim uma cidade linda. Talvez porque esta tarde a solidão bateu forte e me deixou meio "borocochô". Enfim, bola pra frente porque atrás vem gente. =]
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Day-off
Na estação então, comprando a passagem pra amanhã, fui tão mal atendida por uma outra mal-amada que saí de lá bufando de raiva. Então, voltei e enfrentei a fila de novo só pra dizer que ela deveria tratar as pessoas com mais educação, e fui embora. Fez bem pras minhas células.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Eu ví o Papa!
Então, meio desorientada, entrei por um portãozinho e sentei bem no meio da Praça São Pedro. Fiquei observando a multidão tomar conta do lugar, quando vi o que pareciam ingressos na mão de todo mundo. Sei lá se precisava de permissão pra entrar, de certo se deve reservar com antecedência um lugar. Como eu não sabia e ninguém me barrou, fiquei quietinha esperando o Papa chegar. E lá veio ele no carrinho Papal acenando pra todo mundo. Eu também mandei o meu tchauzinho pro Papa. E mais, quando ele citou o Brasil eu levantei e mandei um assovio caprichado! Meu fi-fi-fi-fiu fez eco no Vaticano. Haha!
Um recado pra minha querida família: papi, mamis, Celo e haury... vocês estavam todos comigo!
Depois de tudo isso, eu não precisava de mais nada pra fazer a viagem a Roma valer a pena. Mesmo assim, não perdi de conhecer a Capela Sistina nos Museus do Vaticano, onde fica o teto pintado por Michelangelo, sua obra mais famosa. Pena que lá não se pode tirar foto, mas se meu comentário for válido eu digo que a pintura é das mais bonitas que já vi. Como é legal ver de perto tantos marcos da história!
À noite fui jantar mais uma massa italiana com vinho na companhia de um amigo de Senegal que fiz no albergue. O cara vem daquelas famílias pobres africanas e, do zero, abriu sua própria empresa e hoje viaja o mundo inteiro fazendo negócio com grandes celebridades políticas e artísticas que a gente só vê pela TV. Parabéns pra ele! É cada história de vida que se ouve conhecendo tanta gente assim, incrível.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Roma Antiga








segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Mamma mia!
Demorei pra chegar no albergue, que não é lá muito aconchegante, mas tem uma cama e um banheiro (não são dos mais limpos também), e é barato. Larguei minha tralha e fui conhecer o que pra mim era o principal motivo de viajar a Roma: o Vaticano.



domingo, 21 de setembro de 2008
Sem teto por um dia
Já era meio-dia quando peguei trem rumo a um Campo de Concentração da Segunda Guerra Mundial. Que lugar louco! É uma sensação estranha caminhar por onde milhares de pessoas foram sujeitadas a maus-tratos e onde morreram em câmaras de gás, cremadas, de fome e doença. Impressiona passar pelos dormitórios, prisão, sala de autopsia e pelo temido portão de entrada do campo. Os depoimentos e relatos que se lê e ouve durante a visita são comoventes. E o mais chocante ainda é saber que tudo isso aconteceu a pouco mais de 50 anos atrás.



sábado, 20 de setembro de 2008
Fora de Berlim
Potsdam também é capital de Brandemburgo e tem 150 mil habitantes. A cidade sofreu muito na Segunda Guerra Mundial, principalmente da noite de 14 para 15 de abril de 1945, quando o centro foi bombardeado. Potsdam conseguiu o direito de município em 1317, mas só cresceu e apareceu depois do século 18 no tempo dos grandes eleitores e quando um grande palácio foi construído para Frederico, o Grande.
O Schloss Sanssouci, o palácio, fica dentro de um parque enorme que leva seu nome. O Park Sanssouci ocupa uma área de 287ha, é um absurdo de grande! Andei, andei e andei e acho que não conheci metade em 3 horas de pernada. Com o passar dos anos, outros palácios e diferentes jardins foram também construídos no local, o que fez do parque um dos complexos palacianos mais bonitos da Europa.



sexta-feira, 19 de setembro de 2008
Centro de Berlim





quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Em terra de alemão

Quando cheguei já era começo de noite, então fui direto para o albergue com a intenção de só ir dormir. O albergue é bom, mas fica a dois trens e um ônibus do centro da cidade. Pra ser bem sincera, fica no fim da cidade, no meio do que parece uma floresta. Comi só ao meio-dia no trem e tinha a esperança de jantar no albergue, mas a cozinha fechava às 18h30 e não tinha nenhuma máquina de quitutes pra enganar a fome. Então, comí uns restos mortais de chocolate que tinha na mochila, planejei o que conhecer na cidade e fui pra cama com o pensamento “amanhã é um novo dia”.
quarta-feira, 17 de setembro de 2008
Longe da cidade grande




terça-feira, 16 de setembro de 2008
A Amsterdã culta e liberal

Hoje estive também no Bairro da Luz Vermelha (relaxa pai). Estar em Amsterdã e não passar por lá é como chegar ao inferno e não abraçar o diabo. Então, fui ver qual era a do famoso e vulgar Bairro da Luz Vermelha. Ainda era dia quando caminhei pelas ruas estreitas que beiram o canal do bairro, mas àquela hora algumas semi-peladas já se exibiam nas vitrines. Entre uma “casa de espetáculo” e outra, vários sex-shops e café-shops permitindo abertamente o uso de drogas no local. É impressionante como tudo que é ilegal no resto do mundo aqui é tratado com a maior naturalidade.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Paisagens da Holanda
Hoje fui só a três lugares. O primeiro foi um zoológico, o Artis Royal Zoo, um lugar nada prioritário para quem está a apenas um dia na cidade, mas eu estava com vontade. Várias turminhas de sala de aula andando de trenzinho e cantando “um elefante incomoda muita gente” e eu. Deu para enganar a saudade da velha e boa infância. Olha quem eu encontrei por lá...

E o último lugar foi na verdade uma descoberta. Fui de bonde (tenho me locomovido aqui assim) atrás de um moinho de vento afastado do centro da cidade. O caminho até a parada levou 1 hora da estação central. Descí do bonde e percebí uma diferença incrível do que eu tinha visto até então em Amsterdã: ninguém nas ruas, nem carro, só casas e silêncio.
Fiquei meio perdida. Meio não, fiquei perdidona. O que me orientou foi, no meio de todo aquele nada, uma placa solitária que indicava o caminho até o tal moinho. E lá fui eu seguindo a sequência de plaquinhas. Devo ter caminhado quase uma hora até chegar. No moinho foi super interessante ouvir toda a explicação de um senhor voluntário, além de emocionante ver ao vivo uma paisagem tipicamente holandesa. Mas a grande surpresa foi ainda antes do moinho, foi justamente e simplesmente o caminho até lá. Casas tradicionais holandesas entre canais e muito verde. Eu queria muito passar por paisagens assim. Adorei, foi lindo.




domingo, 14 de setembro de 2008
Na polêmica Amsterdã
De recepção em Amsterdã encontrei boas companhias no caminho do aeroporto até o centro da cidade: um senhor americano e seus “causos” com furacões e um casal de velhinhos ingleses vendendo simpatia. Na Centraal Station, de onde saem várias linhas de transporte da capital, ganhei de mão beijada um passe pra utilizar qualquer meio de transporte de graça pelos próximos três dias. O cartão veio de um homem prestes a viajar, santa criatura!
Cheguei no albergue, onde iria ficar somente um dia por causa de lotação, e consegui reservar minha cama por mais três noites e ainda transferir o pagamento da hospedagem no segundo albergue para o primeiro. Olha que belezura! E melhor ainda, o albergue é muito bom, é jóia, supimpa! O melhor que fiquei até agora. Estou em um dormitório para 20 calcinhas-de-plantão, mas o quarto é bem grande e tem bastante banheiro. Sem contar com o café da manhã, que satisfaz todas as minhas lombrigas. Olha o albergue aí, não é uma graça?!

De primeira atração, fiz um passeio de barco pelos canais da cidade. A Holanda utiliza canais e outros sistemas de drenagem como moinhos e diques para manter o litoral do território, que antigamente já teve metade da sua extensão submersa.


Ainda no fim do dia fui parar no Holland Casino Amsterdam. Comprei um cartão que permite livre entrada em várias atrações e, como uma delas era o cassino, não perdí de ir. Só perdí mesmo foi dinheiro lá dentro, mas esta parte é melhor nem comentar.
A primeira impressão de Amsterdã foi a melhor possível. A cidade é bonita, limpa, tudo funciona muito bem e parece ser divertidíssima. Acho que vou ficar por aqui...
Seguem duas fotos noturnas de Amsterdan, sendo a primeira da Centraal Station.


sábado, 13 de setembro de 2008
Pit Stop fora de rota
Pra chegar levei um tempão. O palácio fica afastado da Grande Paris, então tive que pegar um outro tipo de trem que vai para os bairros suburbanos da cidade. Finalmente lá, vi que a idéia de visitar o palácio não era só minha. Uma fila de desencorajar qualquer um me tirou a chance de fazer a visita porque meus minutos hoje infelizmente eram contados. A frase “nadei, nadei e morri na praia” foi feita pra esse momento. Fiquei com uma cara de banana que só vendo.
Então, frustrada, fui rodear o palácio, que era o máximo que podia fazer, e encontrei uma esperança pro resto da manhã. Era o Jardim de Versailles, tão famoso quanto o próprio palácio. Um conto de fadas de princesa da Disney, sem melhor descrição. E gigante, deve ganhar de Sidrolândia, só pode. Também não conseguí explorar o jardim, só fiquei na parte superior, de onde nem se enxerga toda a extensão. Bom, a visita completa ao Palácio vai ter que ficar para a próxima... Acho que vou começar a encher o cofrinho outra vez.


